sexta-feira, 6 de março de 2009

Lapso

Por Eliel Moura

Milhares de sinais e mensagens deixadas como testemunhos da vida que grita, começam atualmente a se correlacionar!A partir daí deságua forte corrente levando uma enxurrada de questões a zonas de obsolescências. Perambular por este antigo e decadente centro de convergência, é a partir de agora, uma opção de quem entende claramente não ser ali o espaço das mais contundentes decisões. Certamente passaremos por lá, questionaremos, choraremos, cavaremos mais fundo e depois voltaremos, para o lugar cuja devoção maior nos separou. É nesta dialética geográfica entre o centro e áreas miseráveis e escusas que logramos construir uma estrada.

No enclausuro de quem deixou crescer frustrações e decepções uma imperativa direção bateu a porta: no serviço a outros se esconde o apaziguamento de si mesmo. Uma propositada ação de coerência no mundo das calamidades é aliviar a dor dos que não possuem genuíno consolo. Talvez, neste caminho, necessitemos também proclamar a desagradável verdade de que ela está em todos, dos triunfalistas aos depressivos. O conhecimento de si neste caso é a pior e melhor coisa que pode nos acontecer! Pior porque destrói uma bem entrelaçada linha de pensamentos e emoções que de certa forma nos sustentam. Melhor sim, e ainda busco coragem para dizê-lo, porque chama a jornada realmente cristã, aquela que é abalada mais não destruída.

Tantos e tantos! Não consigo mais vê-los sem levantar minha quebrada voz! Pare com isto, pare de ter compaixão de si mesmo! Não esvazie o que homens e homens em dilemas inconciliáveis bravamente protegeram. Há uma fé provada, mais valiosa que ouro, que embora não provoque arrepios constantes é insanamente indestrutível. Uma confusa geração de “crianças abandonadas” transita errante para a linha de frente. Nos ajustamentos do caminho hão de descobrir seu lugar...

Um comentário:

Robson Wellington disse...

"O conhecimento de si neste caso é a pior e melhor coisa que pode nos acontecer! Pior porque destrói uma bem entrelaçada linha de pensamentos e emoções que de certa forma nos sustentam. Melhor sim, e ainda busco coragem para dizê-lo, porque chama a jornada realmente cristã, aquela que é abalada mais não destruída."

Acho que é por aí mesmo Eliel...

Abraço!

Robson Wellington